Monday, November 09, 2009

Não tem cura

esta irrefutavél e razonário, estendido entre mil folhas e roupas que larvas abrigam, como em uma enorme força natural que vibra a cada instante de meus atos. andar na rua, ver pessoas-mundos. ver almas escuras, brincando de tingir. e seus sopapos não me encontro; eu hoje a noite não te esqueço.
e não tem cura. hoje eu declarei; não tem cura! gritei a toda corte com seus reis miseráveis, rainhas sórdidas, palhaços pimpões. não tem cura, eu gritei alto, nuvem ouviu. sai esquecida ao destino. sua magestada, entre tantas dúvidas que passam na cabeça de um rei, que são reis em seu maior plural.
ele me olhou com desdém. um inicial conforto em me olhar assim. não tem cura, disse mais uma vez com medo e vergonha, baixinho e bem próximo deles.
aqui é o que bate, disse amassando o peito. esta tudo marcado. não me doí. e o rei riu. eles riram porque saber de mim é convalecente? o reis parou. eram vários que só tinham uma voz, me traçou de novo com uns olhos tecidos:
você já sabia?
achava que sim, magestade. mas hoje obtive a certeza maior.
não quero saber seus motivos. poupe meu peito inflar paciência. quero o novo, curar meu desagradável desnível sobe todos a quem sou maior. nesta hora olhou para cima e se curvou a deus. olhando pros reis, entendia por onde poderia escapar.

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