Friday, July 31, 2009


Meu problema com a música é que eu não sou nada musical. Não tenho ritmo, canto no tom errado, percepção zero. E acho que a culpa é da poesia. Demorei muito tempo para dar ouvidos a música instrumental que hoje sim, lota meu I pod. Talvez porque comecei a ver poesia na ausência das palavras, mas isso não quer dizer que eu aprendi sobre ritmos e notas musicais. Pelo ao contrário, aprendi ainda mais, sobre a poesia, rs.

Ao contrario de Paulo César Pinheiro, a musica não me deixa fazê-la. A poesia sim, essa sempre me deu espaço. Talvez porque eu a deixei muito a vontade em minha vida. Sempre começo lendo muitos dos compositores que depois viram paixões. E entre a música e a poesia existe uma cordialidade frenética. Não tem coisa mais bonita ao coração que ver um poema cheio de ritmos sendo “declamado” em vozes que confidenciam emoções.

Tudo isso para falar que eu estou aqui em São Paulo e o tempo não esta ajudando a minha boemia de farrear de bar em bar reclamando da vida, dando longos abraços nos amigos e ouvindo samba. Estou mesmo de moletom carregando um edredom vermelho pra lá e pra cá, vendo Hause . Mas ontem minha mãe, sempre ela, finalmente me deu o livro da jornalista Conceição Campos sobre o PCP. Eu já tinha ido ao lançamento do livro em Paquetá e pude observar de longe que eu não sou a única que considera o Paulinho um dos maiores compositores do Brasil. PCP surgiu mais que involuntariamente em minha vida. Eu mesma fazia uma seleção de suas composições, sempre cantada por outros músicos, sem saber que ele era o autor. Quando comecei a investigar quem era o dono das poesias mais lindas no samba, parei em PCP e Mauro Duarte.

Bom, eu ainda não terminei o livro que eu dou graças a Deus de ser bem longo e cheio de letras e poemas deste compositor. Já vi também que no final tem um catálogo com todos os nomes e parcerias de suas 1.129 canções compostas desde 1962 até o ano de lançamento do livro, 2009. Acredito que já deve ter coisa de fora. Li algumas historias acompanhada de algumas letras e fiquei ainda mais apaixonada pelo cara.

Queria eu repetir muitas de suas façanhas poéticas e ter a vida regada de tantos companheiros virtuosos. Sua compulsão por escrever ( e acho que isso que me chama mais atenção neste poeta ) é infinita.

Puta que pariu, o samba e a poesia, agradecem.

Thursday, July 30, 2009

Duas coisas a dizer:

1- Conversa franca com minha mãe:

- Mãe, te juro que minha total independência econômica vai ser aos 28!
- Ah não, é muito tempo. Eu a quero em dois meses...
- Num dá mãe, foi o cigano que disse.
- Ele não disse isso, disse que você vai namorar aos 28 anos.
- Namorar só com 28??? Mãe! Isso significa que eu ainda tenho dois anos de sexo casual pela frente! Não aguento mais!!!
- ...


2- Novidade patética:

Gente, eu tenho twitter:
http://twitter.com/Bebelcrozera

Tuesday, July 28, 2009


O fato é que todas as coisas no mundo podem ser engraçadas. Por exemplo, o meu ridículo jeito de ser, ontem mesmo no seu carro, falando sem parar. Teve uma hora que eu quase perdi o ar e então, olhei para você e seus olhos me deram todo o oxigênio necessário para continuar falando. Como quando eu lhe contei do filme e falei sobre arte, e você olhava com olhos de calma e sorriso de interesse.
Você me disse sobre fazer um texto engraçado e eu fiquei imaginando um cara, sei lá, Chico da Curimba escorregando na banana, ou vestido de elfo tocando flauta enquanto a Paula passei com suas pernicas finas num campo de centeio.
Mas acho que o papo é outro. O que você ainda não entendeu meu bem é que tudo isso é muito sério. Mas sério não é triste e você bem sabe disso. Rir de seus devaneios loucos, de seu ego suicida, ou até quando você fala sem querer ser sério. Saiba, é sério pra caralho. Igual a gente ontem se olhando nos olhos e felizes por estar um fazendo o outro mostrar dentinhos separados, longe da dor que é ser bem grudadinho.
Por que a gente deu uma volta e depois mais uma, pois queríamos beber mais dentro do seu carro. Porque você ainda mora no meu bairro e só muda em outubro pois não quer ter uma churrasqueira e sim mais um banheiro. Honestamente eu não sei o porque da reforma, juro não saber a diferença de um banheiro para uma churrasqueira. São os mesmos momentos íntimos, não acha?
Eu inverti, entravei e adorei quando você julgou os verbos cariocas e se você me olhasse agora estaria me vendo sorrir e pensar ; hahaha besta! Pois você é um deles e fala um monte de porcarias das quais eu e Paula sempre lembramos no dia a dia e é por isso que eu nunca te esqueço, mesmo você estando longe e não ligando. Você também me contou que demorou a me esquecer, e essa, foi pra mim, a melhor piada da noite.

Hahaha, seu besta!

Monday, July 27, 2009

Aprendiz de Mocinha:
(lição primeira de vida)
a flor quando muda de terra precisa vir com a raíz
se não morre frustrada
e seca em páginas de poesias esquecidas na estante de alguém também seco.



Vai pra onde
todas as flores cansadas de se maquiar quando a noite chega?
pintadas pétala por pétala
sofridas-riem.
requem maldito e flores murchas embravecidas de vida e conforto,
querem água.

raizes e laços que seriam suas mãos tentando mudar a flor de jardim.

condicione a flor a querer luz.
(eu nunca vi uma flor noturna)
seria a rosa mais puta e julgada.
-como alguém que não gosta da manhã-

seria seu caule branco e aspéro.
amargo de vida que é seu sangue

vermelha, pois outra cor não haveria
muitas pétalas para que toda a vaidade jamais desprendece na guerra
folhas verdes, assim se vê, gosta de ter constraste
e apegada como uma mulher em amor.
Bateu uma inspiração e sem companhia. Uma veracidade que entrou junto aos ventos e veio em cheio me esbofetear. esbofeteio. uma pequena ilusão que seria nós dois e mais um homem paranóico achando que meu coração ainda seria dele.
um sujeito que lembraria muito alguém que eu não me aproximaria para essas coisas. e um homem que degladeia minha cabeça com feições.


seriam as asas perfeitas e teve uma unção. de quando eu corria e a brincadeira da amarelinha, terminava no céu. tenho uma vantagem, tenho todas. uma forma que eu jamais aceitaria e como todos os vestígios precisam fluir e me amar para serem aceitos aqui dentro. sou uma falha. sei de todos meus arrependimentos e a cada asa vermelha que nasce em meu pé, um momento só meu de devaneio. tento ser obscuro. preto,inflado e dor. alegria e risadas porque eu não poderia lhe mostrar meu jogo sem humor. pois você nasceu para o que veio. e eu oxalá. teria asas no pé e sairia bem feliz por ter um talento. enquanto eu, aperfeiçoaria o que nunca foi me dado esses anos todos.

essa viagem tem uma lição.

eu tenho um caminho torto e esburacado e pareço não carecer de luz. sou só um sonho aflito que ri e chora, como se rir e chorar fosse no entanto, pois é, a mesma coisa. tenho observado; para onde estão indo minhas perspectivas aflitas e minha volupias. pare. aceite a música e o não olhar daquele homem. aceite o choro, a morte e aceite a dura pena de viver no luto. aceite rever sua grande paixão no Catete.
Aceite ganhar um alguém que jamais seria seu grande amor.
Aceite meu silêncio lhe dizendo o que no fundo você já sabia; foi você quem errou com a pessoa errada. eu sou essa. e quem me ganha neste momento? não é ela. pois sei de minha decadência e da oportunada vezes que eu decolei no fogo, pois sou como um kamicaze. aceitei, bateu um sol. quem diria que teria veria minhas asas vermelhas, sugarem seu lilás. aceito essa condição. vou entrar para o clã dos que da vida, não são. -sei de ser só sendo queria-. tem quando pra muito nesta minha vida fodida. e mais um porção de nomes feios que a estética desta arte, não nos permitiria agora. quebremos as correntes literárias e os outros lerão sem o menor interesse o que aqui é escrito. eu não me importaria.
tenho coisas mais importantes para ignorar.

Recoa palavra:

e acionei mais um lindo dia em que eu diria; vou dar um giro.
quais desses problemas jogados em seu quarto sujo são meus?
Vou estrangular delicadamente todas as formas e vãos da minha escrita paupérrima de resultados. serei eu uma convulsão em forma de textinhos escritos no colégio construtivista.
Meus amigos estão todos no bar ignorando uma situação falida que é nossa realidade. e eu finjo gostar de ter conhecimento.
estoure uma palavra bonita na minha boca com seus poemas babões e sem estrutura real.
eu rasgo em meus textos como alguém que desbrava a mata fechada com um facão, e digo mais;
que se foda as belas palavras e todos os corações ardidos.
A minha paixão, queridos, é verdadeira.
Sou eu a única de muitos únicos e ganhei meu posto hoje pela manhã.

Wednesday, July 15, 2009


queria prender o movimento e agredi-lo com as forças das palavras com que escrevia. sabia ser uma tarefa e tanto e sempre que a compulsão batia, ela e eu hei de estar aqui para afroxar meus leitos inseguros em uma folha de papel brilhante feito tela. pintar é escrever e tocar. a arte.



corri nos meus tempos idos e ao me esconder na brincadeira, nunca mais me acharam. laciei. vi tendas e folhas verdes, sedas e longos lenços como se Laura fosse um dia uma garota livre com assas de tecidos nordestinos, bem fortes e com fibras.
tinha dias que eu amanhecia em são paulo e taxativa dizia; só saio de casa, se me apaixonar. foi então que me apaixonei.
lenços corridos, mãos de seda. puro rodar e era essa imagem que meu coração não vai nunca, nem por um fim, poder esquecer. tenho um jeito astuto, sou desrespeitada diariamente por egos em condições escabrosas, temo ser assim também.
consigo ver a beleza da fita, das manchas que tem seu penar. consigo olhar para aquele olhar perdido e ver que ainda precisa existir um sentimento sem nome nem culpa, e mais longos dez anos para você e para mim.

a cidade estava um caos, e o cenário era um garoto ingrato, dormindo ao meu lado no dia seguinte. nós dois de ressacas loucas, daquelas de várias. e ele virando devagar, tateando meu corpo com a mão -uma só- e um só pé também.
preciso correr daqui. antes que ele viva esse momento comigo, pensei.


enrolei-me de seda roxa e a imagem era tão certeira quanto a intensa vontade vício que tenho de escrever errado. vou deixar uma marca, um registro. quero gravar as canções suaves e lindas que seu amigo compõe. acredite, elas ficam mais bonitas na garganta de quem não as merece.
e esse seria definittivamente meu caso.

Saturday, July 11, 2009

Rodava a lua ilê
Rodava meu céu de espada e uma certa vez tinha um dragão na minha lua ilê.
As tardes, eram fajutas. Borboleteávamos ensandecidas. E no dia seguinte, loucas de ontem, pensávamos: temos mais vintequatrohoras. Simbora. O corpo, por vezes, não agüentava. Pedia um arrego ignorado. Mas então, as pessoas ao redor comentavam; por onde andam que não se cansam? O que querem com essa presa achar? Não sabíamos responder.
Tinha dias em que Paula admitia; eu não estou bem. E nós riamos sérias e nos auto bronqueavam. Precisamos de responsabilidades, precisamos de calma, coragem. Precisamos trabalhar. E todos os outros discursos que a algum tempo, temos ouvido de nossos ainda responsáveis.
Rodava o ilê. E o corpo disse; tenham piedade! E elas se mandaram para um sitio um pouco distante da cidade, onde lá se propuseram a não farrear e cuidar da pele e da alimentação. E assim fizeram. Quando a noite chegavam, queriam saber o que estava do mundo perdendo, e aos risos, lembravam de cada caso, caso a caso, contando o quanto já tinham aprontado e assim, fazíamos também o balanço da vida. Quando o dia de ir embora chegou, arrumaram as malas rapidamente e partiram em uma cansativa viagem de trem. Chegando ao Rio, tudo voltou a ser como era antes. Samba, cerveja, homens, risadas, amigos, Lapa.
Rodava o ilê
Na lua, se olhasse pra lua.
Na rua, se pisando firme rua.
Nos olhos que dedilhavam o violão, junto aos dedos
Um copo vazio.
Cigarros
Um livro de Clarice e uma letra de Paulo César Pinheiro
Que minha mente negociaria para ver o que mais me atraia. Falávamos de cinema e culpávamos nossa complexa geração pela nossa vagabundagem. Nós somos a classe média que freqüenta terapia. Nos temos dialogo em casa e uma liberdade para escolher a verdadeira maionese no supermercado. Agora por lá também se compra a felicidade.
Alguns pais, surtiram os efeitos da ditadura. Ninguém anula o voto, pois conquistei esse direito. Mas o sistema castrou os jovens. E eles não gostam de política.
Alguma coisa aconteceu comigo.
Quando pequena eu mamãe e papai, mais Chicão, construímos um labirinto bem divertido. Mas mamãe e papai já sabiam achar a saída. Eu e Chicão, ficamos por lá. Chico, por anos tenta com sucesso, sair. Eu sempre faço o caminho da volta, pois lá me lembro de todas as artes e bons momentos que vivi. Minha mãe, toda semana, deixa comida, coberta e dinheiro e diz; está na hora de sair! Mas eu construí minha moradia por lá, sabendo que isso um dia vai acabar. Mesmo assim, não me desespero, ao contrário de Chico que anseia a saída.
Será que existe tipos de pessoas que nasceram para explorar caminhos já construídos e não para achar a saída? Será que a cada muro que passo, deste meu labirinto descubro uma duvida, uma alegria, uma coisa sem nome nem força, mas que me faz ficar? E se cada olhar meu for tão divertido e medroso a ponto deu não querer encarar lá fora? E se a pressão for absoluta. E se for pura poesia. E se minha vida for mesmo essa. Não durmo tranqüila, desde então.

Ainda não tenho nada para te acrescentar vida.
Nem meus atrasos são charmosos. Achei o click que precisaria para seguir. Preciso concentrar. Vivo olhando as transformações, e não faço nada. A difícil arte de se entregar a ela rasgando meu coração em papeizinhos não recicláveis fajutos de sangue velho.

Não estava inflamando, e a arte para ela sempre fora uma responsabilidade. Lembrou-se de quando aprendeu sobre as rodinhas e os grupos de estudos, em uma tentativa de modificar os lances. As coisas. Sempre ia-se a se não fosse pensaria, ao encontro de uma paixão. Mas ao se misturar e se deixar envolver, também aprendia a brigar. Brigando-se em seu universo, sempre a primeira luta, aprenda minha criança, é com a gente mesmo. Fazia e acontecia, nem tanto, talvez. Mas pensaria em tal. A arte era então uma responsabilidade, mais que isso, um aprendizado, enfim.

Partiu desta por cometer crimes de amor. Sugou o coração do homem mais inteligente das galáxias, e partiu feito ladrão em fuga, com as mãos ensangüentadas. E o coração do moço, ainda batia. Foi convencida de que a poesia que respirava ficava ali pertinho, em uma cidade de praia, de pai.
Jogou o coração do homem no lago. -Dizem que anos depois ele achou, e isso tudo teve um final feliz.-
Arrumou as mazelas e se mandou de lá.
Se apaixonou de novo e desta vez, pois, era vingança do destino. O homem 021 mandou um aviso; pode ficar com esse coração apaixonado para você. Eu não tenho o que fazer com ele. E três pontinhos se passaram e a menina lastimou profundamente o homem com quem se envolvera. Era muito freudiano, todos pensariam. E no fim, até mesmo ela concordava com essa teoria. Bendita alma, meu pai.

Voltou com tendências e queria de tudo. Foi então que saindo da guerra, conheceu um assassino. Um homem de ensinar. E de pouco aprender. Um senso de humor que a fazia suar gelado. E um sexo que parecia uma explosão. Bitucas apagadas. Cena que se corta e lá esta ela, ouvindo música, sempre ela, pensando nele. E ele se foi. Nunca tive seu coração, nem ele. Espalhei nos postes fotos de procura-se o coração do assassino, mas ninguém retornou.

O que veio depois. Não vale a pena ser dito senhores. Já que o mundo é uma farsa. Ela também caiu no conto. Um ser de luz apareceu e não existia. Um homem daqueles que só relembra. Foge do futuro como Lalu da cruz. E me disse; fique com meu coração, mulher amada. Eu gosto de uma fossa para beber whisky barato e ouvir Aldir. E eu segui caminhando orgulhosa e odiada quando semi me apaixonei por um outro homem. Daqueles sedentos de carinho e afeto. Mais eu não entendi o enredo que fiz e quis uma borracha tosca para apagar tudo e seguir sozinha. O coração dele esta comigo. No formol para que não estrague. Quando ele voltar para pegar, estará intacto, prometo.

PARTE-2(veia orta)

Veio uma insana serenidade e a mulher atacou o homem sopro. E ele adorou seu ataque e lhe convidou para o amor. Ela de prontidão, aceitou. Veio voando com o peito aberto e o coração recuado, mas o mesmo suicida de sempre. Então, como se não virar-se-ia, o homem desfez o convite. Alegou loucura. E não via a hora de dizer para aquela mulher que juntos na cama, eram imbatíveis. Mas que nunca ele gostaria de te-la como mulher.

Foi um golpe estalão. E a mulher chorou sozinha e pensou tadinho de meu coração. Ele não merece. E com dozinha, foi até o peito e viu que ele não estava mais lá.
Certa vez, foi ao encontro do homem sopro de novo, apenas para resgatar o coração roubado. Só conseguiu metade, mas se deu por satisfeita.

Andam dizendo que os dias, se passarem muito leves, não tem jeito, ela irá se apaixonar novamente. E não adianta meus caros, frustradas tentativas de segurar a metade do coração da moça, quando ele feliz tentará o pulo fatal para outro peito.
A cabeça quando se deita no peito da vitima absorve informações sobre o coração. A pele fala poro por poro, os olhos descrevem, a orelha ouve os batimentos ritmados. As mãos sempre ajudam, sempre. A língua trava, mas depois traz. O corpo faz um relatório mas meu coração é muito ingrato e rasga o documento assim que ele chega e diz feito anarquista ; que se foda. Não quero saber de dados incríveis, eu escolho quem e quando bem quero. Aqui é assim. Gosta, gosta. Odeia, odeia. Não tem meio papo, nem lero-lero.

Existe uma ponte que mira em seu peito. Meu coração esta indo pra lá. E eu queria que ao menos,ele lesse a parte do relatório onde fala; PERIGO! Não se aproxime.

Friday, July 03, 2009

Você passa dissipada
Na fumaça de seu orgulho
E os dias móveis carregam
O móvel laqueado

Não se usam mais os pés dourados
Nem as promessas de um amor
Atormentado e vazio

Um velho caminhão de mudanças some na fumaça
Para onde você passa? Para onde as coisas passam?
Quando o orgulho esmaga as asas
O tempo é um pássaro de natureza vaga


Paulo da Viola