Friday, May 29, 2009

Você ainda usa esse e-mail?
Bem, vou tentar mesmo assim,
afinal, hoje por incrível que pareça esta friozinho e chuvoso aqui no rio, dá aquela vontade de não sair da cama, fora a ressaca filha da puta que eu me encontro. te contei que estou morando no rio? pois é, aqui voltei. não para procurar um vascaíno estudante de sociologia em botafogo, porque eu sei que ele não existe(ainda bem pq eu odeio o vasco). já lhe disse que meu primeiro homem era um vascaíno? era sim. mas não era do rio...bem, isso é outro papo.
estou morando no rio, acho que amanhã não tem ouvidor, com esse tempo...
estou morando no rio. você acredita que eu não sabia que a (_____) e o (__________) tiveram um filho? é, um muleque. eu sei que você conhece,o (_______) . eu também conheci. jamais vou entender o que é ser (______), o que é ser (______). olho pra ele e penso; mais que catzo, ele não tem nada haver com isso, meu deus.

eu ainda continuo lendo seus textos e continuo morrendo de raiva daquela garota que você é super amigo. dia desses fuçei o (_________) dela. sim, fuçei, porra, claro. sei que você também faz isso. e achei por lá uma foto da ponte da saudade. tive vontade de socar ela na porrada. aquela ponte não é dela. a historia da ponte muito menos. avisa pra ela que eu mandei ela tomar no meio do cu dela?
acordei numa ressaca filha da puta, já disse isso? tenho me tornado repetitiva, ou então o mundo é que anda sem novidades. melhor assim. sempre quando aparece uma coisa nova, morro de medo.
estou morando no rio. e continuo lendo seus textos. meu deus, como você é meloso. tenho medo da sutileza de algumas de suas palavras. sabe, eu descobri esses tempos que as palavras não são de nada. queria muito te contar. queria que você estivesse nessa hora, do outro lado da tela, como era antes. e eu te mostrar que o paulo moura é um grande mestre e que o cd dele com o raphaell rabello, dois irmãos, é de fuder corações em transe. mas não conta nada a (_______), tá? não quero que ela viva coisas que são minhas, suas, de paquetá.
ela não vem pra cá esse fim de semana, né? vai estar chovendo. eu vou encher a cara e ir ver vocês tocarem. como se nada tivesse acontecido entre eu e o (________) hahahaha. vou estar bem doida, bêbada e deliquente dizendo assim; eu não aguento mais ninguém.
problema seu, se você não gostar, ok?

já lhe contei da minha ressaca?
acordei chamando jesus, e ele veio em forma de neosaldina, foi preciso duas e eu ainda estou torta aqui na cama com meu computador, lendo suas coisas lindas e fazendo um monte de perguntinhas esquisitas na minha cabeça atrapalhada.
você acha que eu sou louca? tenho medo que sim. sou insegura a beça, quero ser normal. não louca.
te contei que estou morando no rio? tem dias que eu pego a bicicleta e vou andando pela orla, até o fim. acho que nunca vou me cansar de parar no arpoador e ver o mar. vontade que me dá de ser aqueles passáros grandes, que se banham e depois vooam. sabe, eu não posso voar.

hoje tive um sonho estranho, sonhei que caia uma coisa do céu, quando bateu no alto de um prédio, vi que era um skate. depois, logo em seguida, cairam vários skates e então surgiam dois passáros enormes e se atracavam, e todos os bichos começavam a brigar entre sim gerando uma confusão que deu a entender que o mundo iria acabar.

e então homem, eu acordei.
te contei que estou morando no rio?
não devia ter bebido tanto ontem.

Saturday, May 23, 2009

ô ô seu moço, do disco voador...

guardei meus segredos em um chocolate surpresa e veio então um dinossauro. comi só as pontinhas de meu doce predileto e guardei a figurinha em uma gevetinha de madeira, feia, velha e cheia de cupins. estreie novos pensamentos como se eu fosse nascer a cada quinze minutos,mas o problema é que tenho envelhecido a cada ano. vejo as pessoas passarem como se eu fosse uma alma, ou mesmo um fantasminha que elas podem atravessar quando e onde bem querem. cada uma que passa, deixa uma aposta, um pouquinho de sí, em mim. e eu me modifico a cada hora, como se a cada pessoa que passase, ficasse em mim também um novo plano. uma nova atitude.
nasci para escrever, agora só me falta o dom. nasci artista, sou da lua. mas me pedem para acordar cedo e o sol já me conhece.

prólogo 2
essa cidade aqui, meu bom rapaz, não é para turistas, e nem para seu mais fundo olhar de misericórdia. parece que agora eu vejo todo mundo um pouco mais. um pouco mais de suas almas também. do louco bêbado que elogiou grosseiramente minhas pernas e depois comemorou sozinho, pulando de alegria a sua própria piada sem graça. fazendo com que eu me sentisse desnuda e inoportuna. mas era ele quem estava nú, de senso. todos respeitaram mesmo que sem graça seu inesperado ato de loucura. já quando ele sobe ao palco, todos pagam e ficam sem graça também, ao ver ele tocar violão. derretendo loucura e ele tem mesmo uma cara de louco, no fim, todos aplaudem. mas naquele dia, ele fez a mesma coisa e foi muito constrangedor. e eu sendo a vítima, me senti constrangida pelas outras pessoas presentes que também ficaram constrangidas pela situação. o louco com o ego alimentado, riu da propria piada e os seres humanos coitados, porque não tinham ali espaço para serem loucos, fizeram risinhos bestas, iguais pessoas normais. e depois se sentiram mal por cometerem tal ato. ja o louco, seguiu feliz e tomou outra dose. e jamais em nenhum momento, se sentiu mal e/ou incomodado.

louco mesmo-terceiro pré-
perdi as esperanças abrindo um kinder ovo e comi lentamente meu chocolate surpresa com todos meus segredos quardadinhos no pacote daquele supermecado. eles estavam na promoção da semana, perdidos e cheio de poeiras, valendo menos que uma salsicha de frango valente.
ou você desinfeta tudo com veja menina, ou abre o chocolatinho e come devagar as beiradas e depois vai contornando com mordidinhas o bichinho desenhado nele. por fim, coma o bichinho também. ou limpe seu quarto com veja.
veja
veja
veja
olha ali no meio da bagunça, meus caminhos.
escolho eles como roupas. roupas que uso, uso, uso, uso tanto e intensamente que elas depois de brilharem em todos os lugares que vou, rasgam. e eu vou a loja e compro outra. iguais meus caminhos.
ou então,compro uma que a princípio gosto muito, mas incrívelmente, ao chegar em casa, já não me agrada mais. como meus caminhos.

vou acordar neste domingo, vestir um caminho bem bonito, combinar com uma roupa que brilhe, achar um homem perfeito. ama-lo até que ele se rasgue, e fiquei bem velinho. depois, mudo tudo de novo. até perceber o quão tonta essas voltas no mesmo eixo me deixam. suspeitarei de labirintite e já vejo no hospital suspirando sintomas ao doutor.
então eu resolvo jogar tudo fora; os caminhos, as roupas, meus homens.
então eu sofro como se tivesse sido abandonada por todos eles e fico carente de tudo; de roupas, de homens, de caminhos.
aí resolvo que quero reconstruir tudo de novo.
e dou meu sangue
e na labuta diaria minha cabeça explode 4, 5, 6 vezes até eu me dar conta de que existem roupas, (sim, roupas), caminhos e homens, que duram para sempre.
tenho 26 anos.
-vinteseisanos-