Wednesday, April 01, 2009

-Parte 2: sobre monstros y tomilhos-



Ele vai sugar as patinhas molhadas de suor daquela menina,
e num sopro ela estará seca, e pronta.
Hão de, aos gargalos, aguar-se.
Ela vai, depois de aprender onde fica,
por a mão em seu coração, enquanto ele dorme
e pensar;
preciso lhe roubar deste peito.

Ele vai acordar depois de muito dormir
e ela vai ficar olhando a cada movimento, de costas.
Respirando.
O mundo fará a preza.
Ninguém lhe orienta, ninguém lhe incomoda rapaz.
Ela estará seca, e, no entanto, ao seu toque,
com medo de molhar-se toda.
Ele vai sugar-lhes as patinhas de novo
e mais um toque de rabos, muitos toques, imagine.
Não são muitos rabos, ora veja.

O mundo fará a preza, meu bom rapaz,
seu mundo faz sua preza.
E depois ela se vai, triste, alegre, medíocre.
Como todas as mulheres da revista Claudia.
Da revista nada.
Um ônibus, dois, três.
São cinco cigarros e o mundo começa a cobrar.
Faça uma pra mim, meu bom.
Lhe devolvo logo em troca.

E ela ri:
É de mim, que pedes hãn?
E o sol também gargalha
-Y lo solo tambíen contrasta.-

Porque não sabemos julgar o conteúdo.
Porque bate tão dolorosamente, calorosamente seu coração alegre?
Y outras partes, a que veio camarada.



Cai uma ficha telefônica dentro daquele orelhão oco:
-ela escreve assim...-

“Debandeio
(atiro pétalas ensandecidas, derreto, desisto)
Dou-lhe cinco motivos e um talento marginal quase gigolô.

Tenho uma notícia que pode ferir seu ego:
Eu não sou de nada.”

Ao final, toma um copo de veneno.
E morre, feliz, de amor.

Pensem assim
Teria sido terrível se fosse de outra maneira.