Wednesday, March 25, 2009


Serei eu sua décima terceira sereia, navegando em seu mar morto?
Odalisca rebelde, em fúria por já dizer o improvável?
Serei uma noviça da vida,
uma amêndoa doce e oleosa.
Serei sua réptil de pele fina e forte e seca e voraz.
O que serei?
Serei sua.
Adaptada, contraditória, estapafúrdia,
doentia em sua mansão de três cores, seus atos.

Serei eu a onça além da jaula
impedindo contatos visuais.
Me toque, me queira.
Essa noite eu vou entrar em você.

Quem serei eu, no dia seguinte?
Uma víbora aleatória,
vendo minha presa dormir nas suas cortinas fracas
que não barram sol.
Serei ancora, vespa, azeda, sua, sua, sua.
-Intensamente-
Com medo das palavras que saírem de minha boca
ásperas, inseguras, sem medidas.
Te dedido, te exaspero.
Te espero em sua casa.
Nossos ofícios,
e o que será de mim presa a isso?
É o que eu quero. Te venero.

Longe de ti, saio a procura de qualquer alicerce e nada veste meu número e eu nada calço. Saio descalça, forjada, saio vomitando (alegria longe).
-Alegria, alegria.-
Um belo dia tomaremos o melhor vinho,
falaremos as maiores baixarias.
Vai fazer frio, calor, o tempo é a gente quem faz.
Te espero, porque veja bem, é muito insano,mas não tenho pressa.
Sinto obséquios, você não me teme.
Não te temo também.
Quero esperar você crescer, ainda vai?

Tentarei dormir, mas sinto as lembranças e a tal música martelando em minha cabeça. Quero engolir contigo, seu mundo, seu mundo,
se for mundo.
Eu não sossego, vou além.
Meus limites sórdidos me entregam
Estou sem forças, ainda bem.
Lágrimas de açúcar para me lembrar;
Sou sua, rapaz.
Não queira me entrelaçar em vão.

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