Friday, March 20, 2009

Ele terminou sussurrando e dizendo que a vida secretamente faria a equação de meus legados de um jeito efetivo. E o mundo, pois muitas coisas vêm daqui, seguiu metodicamente adiante de cada passo meu, mesmo que esses fossem cegos e/ou inadimplente, como às vezes, se ia. Eu perguntei e não soube fazer uma boa referência, de como era a lógica daquele momento, mas, sabe, fazer a pergunta sem nada poder esperar da resposta, não tem mesmo, emoção alguma. Eu socorri alguns valores afogados em minhas mágoas, eu sucumbi de tanta ansiedade por ser somente viva. E de vez em quando, eu lembrava de você sorrindo e saberia dedicar cada elemento que me compunha. A parte seis, por seis partes terá, será daqui a dez anos quando eu retornar enraizada dos meus mesmos anseios, deslizes, covardias. Da minha mesma e corriqueira ansiedade de se perguntar imaginando cada palavra que vai sair da sua boca. Estou com medo. É um medo bom. Tem gosto de amora e as sementinhas no final trincam meus dentes. Gosto de pegar as sensações e seqüestrá-las em meu coração dilacerado ora pela felicidade, ora pela tristeza. Hoje eu falei dele para você. Depois me veio besouros no estômago, voltaram a viver. Eles dormem, vivem se reproduzem e me aquecem, sempre que eu estou por dar na cara que vou protagonizar um anseio novo. É disso que eles são feitos e muitas vezes sou sim o parasitas deles, os besouros. Alguns tem cor de ouro, outros, pretos prateado. Suas funções são as mesmas. Igual a tudo no mundo.
Consigo entender o princípio da igualdade e isso não tem nada com a política monetária de nossos tempos- túneis- cruéis. Hoje eu ouvi poesia viva. Delas não saíram nenhuma palavra. E a lógica se travestiu de inquietação e isso, e mais todas as emoções vieram me conturbar novas agonias felizes. Sou do tipo que entende o bom lado das coisas ruins. Acho que o mundo me quer com esse dever. Ele me disse que secretamente as equações da minha vida, acontecem para me fazer feliz. E eu sei bem como inverte-las. Ele disse; você ainda quer mais? E eu; bem, eu queria isso para sempre. Igual no conto das meninas bonitas do meu colégio. As quais eu sempre tentava em vão imitar. Eu lhe contei sobre minhas modalidades e em como reflito confusamente as coisas e ele me perguntou um porque cheio de dúvidas e medo. E eu acho que é hora de parar de ser tão rude. Comigo, -comigo- e com os outros também. Exijo um mundo em condições responsáveis, assim, ajo como uma delinquente e me saio bem, ao contradizer a todos. Até o momento em que trombo com um sujeito qualquer, desses que mudam nossa vida, mesmo dormindo, de costas, ao meu lado. Então entendo tudo; os besouros e seu sorriso.

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