Thursday, August 30, 2007

Um lindo canto com o gosto de viver
Pintou bonito e ganhou meu coração
Há como é bom viver
É bom viver de amor e até morrer de amor é bom
É bom se ter porque poder pode podar
É bom a gente ter o que ninguém pode ganhar
Saber o que será o dia de amanhã
Comer, beber, dormir, sonhar
E ser um bom vivã
O amor não quer pode
Não quer dinheiro não
O amor não quer beber
O vinho da ilusão
O amor é bem querer
É a fonte da emoção
Então lugar de amor
É mesmo o coração





(Mestre, mestre, mestre Nogueira...)

-Eu temo se um dia me machuca o verso...

Friday, August 24, 2007



Ela chegou com dois anos em casa. Abrimos a porta correndo e vimos uma esguia Waimaraner subir a rua, sem entender nada. Entrou em casa e para desespero de minha mãe, subiu no sofa, como se aquela casa já fosse dela há alguns anos. Morria de medo de vassoura, tinha outro nome que não era Lara. Era a waimaraner mais vira-lata de todas, ao mesmo tempo que era a Waimaraner mais carinhosa do mundo, e , com todo mundo. Encostava a cabeça no colo de qualquer pessoa e pedia um carinho silêncioso e sereno. Certa vez, nos deu lindos filhotinhos e foi uma mãe exemplar com a cria de capa de revista. Todas as "certas vezes" Lara representou. Nunca conheci uma cachorra que não era de latir, a Larinha latia muito raramente, não reclamava de nada, e teve um passado que a gente nunca vai saber como foi, já que chegou na minha casa com dois anos de vida. Nunca entendemos o porque de uma cachorra tão da família, tão nossa, chegar em nossas mãos, depois de morar, e não se habituar, em duas outras casas, vir parar em nosso quintal. Ela nasceu pAra ser nossa, e olha que eu não entendo dessaS coisaS de destino, mas sei que foram sete anos ao lado de uma fêmea, uma companheira, uma legítima figura de cão.
Saudades Lupi, minha eterna princesinha.




*Eles estão por fora do que eu sinto por você...

Tuesday, August 21, 2007

Tenho impressa no meu rosto
e no peito, no lado oposto ao direito, uma saudade
(que saudade)
sensação de na verdade
não ter sido nem metade
daquilo que você sonhou
(que sonhou)
são caminhos, são esquemas
descaminhos e problemas
é o rochedo contra o mar
é isso aí, ê Irajá
meu samba é a única coisa que eu posso te dar
é isso aí, ê Irajá
meu samba é a única coisa que eu posso te dar
saudade
veio à sombra da mangueira
sentou na espreguiçadeira
e pegou no violão
cantou a moda do caranguejo
me estendeu a mão prum beijo
e me deu opinião
(opinião, opinião)
depois tomou um gole de abrideira
foi sumindo na poeira
para nunca mais voltar
é isso aí, ê Irajá
meu samba é a única coisa que eu posso te dar

Monday, August 13, 2007





Reverend Horton Heat, minha nova paixão.
Ahhh...rock né?

Eu presumo viver contigo, de um jeito faceiro meu bem, numa casa pequena. Nós chegaríamos a noite, depois do samba. E você seria intimamente só meu. Querido, você fumaria um cigarro daquele seu jeito charmoso e eu daria uns tragos no seu. Você iria puxar meu cabelo sorrindo, com o cigarro no canto da boca e eu ia tirar a roupa de um jeito só meu, pra você. Sua língua ia ser do meu rosto, e eu ia encontrar suas costas. Seus dentes seriam de minha coxa, e eu morderia bem forte teu lábio. Depois eu te atacaria, e berraria, e escandalizaria meu amor por ti aos quatro ventos deste Rio de Janeiro, na Glória, na Lapa, debaixo da sua cama no Flamengo. Até a morte, até nove horas depois juntinhos, vai. Vai acabar. Meu amor, eu iria embora em silêncio, vestida com minhas roupas e teu cheiro. Quando a noite chegasse, eu iria te ver tocar, vestida de vermelho, passar por você e deixar o meu cheiro, com um beijo no rosto.
Eu gosto do jeito que o homem segura um violão numa roda de samba...

Ah ! Estas cordas de aço
Este minúsculo braço
Do violão que os dedos meus acariciam
Ah ! Este bojo perfeito
Que trago junto ao meu peito
Só você violão
Compreende porque perdi toda alegria
E no entanto meu pinho
Pode crer, eu adivinho
Aquela mulher
Até hoje está nos esperando
Solte o teu tom da madeira
Eu você e a companheira
À madrugada iremos pra casa cantando

-Cartolinha-

Sunday, August 12, 2007

É um moreno forte é mesmo um atléta,mas tem um grande defeito, ele diz que é poeta...

Aprendi a aceitar o enorme risco de que, embora eu não seja uma pessoa atraente e confiante, embora você tenha a seu dispor um catálogo vasto de meus medos e fobias, você pode, mesmo assim, me amar.

Alain de Bottom

Tuesday, August 07, 2007


Meu amor é um tigre de papel
Range ruge morde, mas não passa.
De um tigre de papel

Numa sala ausente, meu amor presente.
Me prende entre os dentes depois me abandona
Definitivamente
Range ruge morde
Velho tigre de virtudes
Nas selvas de seu quarto entre florestas cartas
Frases desesperadas
Lençóis
Onde me ama
Furiosas garras meu amor me agarra geme treme chora
mata
Um tigre de papel perdido nos lençóis da caça

Um tigre perdido

Saturday, August 04, 2007

Samba Resquício


Eu acho triste, mas, fazer o que?
Se no meu prontuário não tem o teu parecer.

-Eu grito, eu grito meu samba é infinito.


Viva o presente,como se fosse um presente.