Thursday, April 12, 2007

Madrugada de Janeiro




Pois é, até
Onde o destino não previu
Sei mas atrás vou até onde eu consegui
Deixa o amanhã e a gente sorri
Que o coração já quer descansar
Clareia minha vida, amor, no olhar



“Eu tive uma noite na varanda e depois te vi dormir. Fiquei te observando achando que os felizes para sempre poderiam existir. E naquele momento, foi”.
Para todo o sempre, e eu fui feliz.
Hoje, o peito aperta ao lembrar que eu já fui feliz para sempre, com um homem que para sempre me fez também sofrer.
Ele dizia que não queria me ver triste, que não queria que eu chorasse.
Ele também dizia tanta coisa linda, mesmo não sabendo o que ele estava dizendo.A gente era tão diferente mais em detalhes mínimos, ele me seqüestrava.Hoje os detalhes sumiram e veio a tona o que ele sempre foi.
Eu queria poder saber porque essas coisas acontecem;
Ele veio para minha vida, deixou histórias de cinema americano.
Depois se despediu de um jeito covarde que até hoje, dói
só de lembrar.Ver tal dor matando lentamente tudo de bom que eu via nele, certamente é a parte mais cruel.Ele não me deixou escolhas.
Se eu pudesse escolher, ahhh se eu pudesse, jamais tudo isso teria sido, acontecido.

Na noite em que te conheci, meu destino não queria brincar dessas coisas, de saber seu nome.Mas na noite em que você me conheceu,
Seu destino quis brincar de ser o homem da vez; aquele que machucado, agora quer, machucar também.
Me sai uma bela vitima e sua maldade durou mais do que seu destino gostaria.Eu aposto que ele não era tão mal assim, mas você ao meu ver, gostou desse troço de me incendiar e depois se calar, fazendo do silêncio seu secreto desgosto.E incluindo no seu nó na garganta coisas que você gostaria de dizer ao mundo, e a mim também.
O que você não falou, sempre me doía, sempre.
E o bem que você me fez, aparentemente, nunca foi real meu caro.

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