Tuesday, August 08, 2006


Aqui é onde nada se muda. E a força da mulher que tentar parar de sentir tanto.Aqui é seu esconderijo, as pessoas são suas própias peças. É onde me escondo. Moramos sozinhos e dormimos a mil. A química que não me deixa pensar sensata, pensar como alguém que eu quero pra mim. Vieram me dizer coisas lindas, e coisas sem sentido também.Me desejaram mais felicidade é acreditam que o que eu ando sentindo não me basta, como se eu fosse muito maior do que aquele homem. As pessoas se afundam no seu próprio ego macio e insuportável. Eu não me deixaria ir tão longe, e agradeço todos os dias por ver beleza e vida em raridades, em diferenças.








Começa assim;
A vida estava indo.Mas resolveu que ia parar.e resolveu que ia sofrer. E resolveu que ia mudar tudo pra mim. Sem mesmo uma cigana ou um prefacio do livro vadio. A vida decidiu, eu acompanhei. E então foram muitas realidades.Na verdade foi tudo muito rápido. Quando aconteceu o pior, eu me vi montando um muro. Chega de realidade por enquanto.Me abracem bem forte e diga trinta vezes que isso não é verdade.Até eu acreditar, e eu acreditei. O tempo se sucedeu de uma forma bem poética e a vida ganhou forma de dor e sentidos belos.Mas o tempo é também cruel, um rei cruel que manda e desmanda. E essas são as lembranças. E elas me vêm quando eu durmo, me sugam quando eu acordo insegura por não saber em que situação eu ando com a cabeça. E ela me toma.E eu choro de lembrar. E lembrar, eu sempre vou. Você sofreu de um jeito esquisito.Você adoeceu e morreu bem magrinho dizendo coisas lindas. E isso me dói, além do sofrimento. E eu sonho com as cenas lindas e as mais desgraçadas também. Então eu acordo e choro, eu preciso de alguém.Depois vem outro dia. O começo do fim da vida. E lá vou eu começar tudo de novo. Uma outra tentativa. A vida que deu. A vida não me deu alternativas em montar.Mas me deu tentativas.A vida num só destino que tem mesmo muito minha cara. E certos encontros fulminantes que pra sempre vão marcar. No dia em que te conheci, tinha outros também.Mas assim que se fez ser. E hoje é você, só você. E pra você não é assim. O dia em que conheci aquela menina, não sabíamos quem estava com mais dor no coração. E a gente se abraçou bem forte e assim se fez uma amizade linda.O dia em que eu quis chorar, eu sufoquei até o final, pois ainda resisto por mais imbecil que seja, esse sentimento de entrega.Eu levo a sério, mas você disfarça. E amanhã de manhã, uma nova vida começa para mim.E velhos problemas ficam cada vez mais velhos, até que morrem.E depois chegam outros. E a velha alegria, das mesmas coisas que me deixa feliz, por essa eu luto até o final.Eu levo a sério, mas você disfarça. Eu conto as horas e sei reconhecer quando estou vivendo um momento feliz. Eu vou partir pra próxima levando velhas dores.Até que ela se torne uma folha seca bem bonita daquelas que você guarda com carinho, pra sempre.Talvez esta seja a força secreta
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Concluindo:
Alguns relances do que foi aquele dia, onde se fez a chuva de uma cidade pequena vazia e linda. Todos os lampiões estavam na mesma hora se apagando, deixando o escuro por si só a mercê de uma grande lua que quase aquecia o céu. Mesmo assim, quando batia o vendo da madrugada, era um frio inexplicável, frio de solidão. As casas, pequenas e bem juntinhas umas das outras estavam no seu puro luto, nada se ouvia. Apenas os barulhos dos bichos e o caminhar das estrelas que do céu faziam seus passos. A noite era devagar, parecia que nunca ia ter fim.e era sozinha também. O barro daquele dia de chuva fazia com que o cheiro de terra desse o tom. E todas as outras coisinhas que não se pode aqui descrever.

A pequena cidade de lampião e céu de estrelas que esperava um grande acontecimento.
E ele nunca virá, para enferma condição de seus moradores. Os bichos e os grilos toda noite no mesmo chão.E as camas que suportam a dor do homem que lá mora.

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