Friday, July 14, 2006

Com o dia indo embora em laranja, pensando eu em todas as nostalgias, as vividas as não vividas, pensando em seguir as prosas que ouço de um samba bonito, achando que o vento vem trazer a chuva e soprando espalha a cor doce do fim deste dia, eu olhando pela janela gostaria de te ver chegando em casa, com compras vindas do supermercado e indo pra cozinha fazer comida, depois, tomar o controle do controle de tv e por nos filmes mais idiotas e se quarta fosse, esperar pelo jogo da tevê...Mas se tv não quisesse, ligaria o som e ouviria um cd novo que comprou na hora do almoço e contarias histórias do Rio, de samba e de malandragem, sempre de uma forma engraçada, pra nascer um riso no meu dia igual. Então, eu iria rebater num sorriso largo, e lembrando dos meus amigos filhotes de bambas e contaria minhas historias de bar, fazendo assim um vínculo bem lindo de nossas vidas e de como nossa visão de mundo que era idêntica, gêmea, rara. Na hora da janta você iria discutir com o Chico minha mãe ia se calar e eu ia mandar vocês dois pararem de encher o saco na hora de comer, mas ninguém me daria ouvidos, fazendo daquela cena, algo típico de nós.
Isso seria então a coisa mais normal de nosso cotidiano, algo que hoje é ilustre, pois você faz muita falta. Pois somos de fato egoístas, mas minha estrutura, não tem jeito pai, foi feita de você.Que o dia foi embora em laranja e agora eu estou olhando pra suas coisas que ficaram, ainda estão em casa. Mas não sinto mais o cheiro do seu perfume, nem o barulho do gelo batendo no copo de whisk, mas tudo já esta bem guardadinho aqui dentro dessa caixa que arde, se arrebenta e chora por que você me faz uma falta do caralho, por que eu te amo, por que eu sou você hoje, sempre.

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